segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sutjeska

Passei um dia todo tentando desvendar tua mente. Sorvendo cada letra como se a junção de todas resultasse num quebra-cabeça com peças faltando. Processei as partes disponíveis tentando desvendar em que lugar se encontram as demais. Eu não sei. E o meu não saber é a parte mais vulnerável que existe nesse punhado de emoções e estranheza. O não saber me afunda.

Eu não sei da tua vida hoje. Não sei do teu passado. Não sei quem foi que te apunhalou pelas costas ou quem partiu cedo demais da tua vida. Não sei o que te fez ficar acordado durante uma noite aleatória. Não sei no que acredita. Não sei das tuas bebedeiras, das tuas gurias, das noites em que não passou em casa. Não sei quantas vezes foi embora e quantas mais acredita que será necessário partir. Não sei se tirei tua paz. Não sei do teu abismo. Mas gostaria.
Eu, que já não sei quase nada, me convenci de uma só coisa: as peças que faltam estão com você. E eu quero jogar.

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