Ouça: Jupiter Crash - The Cure
Tinha os olhos pousados no chão e mordia a tampa da caneta enquanto esperava uma inspiração que concluísse as ideias rabiscadas no caderno velho. A porta abriu-se violentamente, tirando a garota do torpor e do mundo mágico das palavras. "Se quiser descer...", disse. É, talvez fosse hora de dar um tempo, ver gente. Trocou o pijama por um simples vestido negro e um par de sapatilhas parecidas com aquelas usadas nas aulas de ballet que nunca fizera. Os cabelos avermelhados caíam em cascata, dando ao rosto um tom meio misterioso. Meio menina-mulher, apesar das roupas e da leve maquiagem.
Desceu. A sala de estar e os demais cômodos da casa dos pais encontravam-se cheios, tal como nunca vira. Estranhos. Pode reconhecer alguns (des)conhecidos da faculdade da irmã e colegas dos tempos de ensino médio da mesma misturados ao bando de gente esquisita e animada. Desconfortável, pegou uma das garrafas do bar de seu pai e foi até a varanda, fechando a porta atrás de si, evitando possíveis incômodos.
Tinha os olhos pousados no chão e mordia a tampa da caneta enquanto esperava uma inspiração que concluísse as ideias rabiscadas no caderno velho. A porta abriu-se violentamente, tirando a garota do torpor e do mundo mágico das palavras. "Se quiser descer...", disse. É, talvez fosse hora de dar um tempo, ver gente. Trocou o pijama por um simples vestido negro e um par de sapatilhas parecidas com aquelas usadas nas aulas de ballet que nunca fizera. Os cabelos avermelhados caíam em cascata, dando ao rosto um tom meio misterioso. Meio menina-mulher, apesar das roupas e da leve maquiagem.
Desceu. A sala de estar e os demais cômodos da casa dos pais encontravam-se cheios, tal como nunca vira. Estranhos. Pode reconhecer alguns (des)conhecidos da faculdade da irmã e colegas dos tempos de ensino médio da mesma misturados ao bando de gente esquisita e animada. Desconfortável, pegou uma das garrafas do bar de seu pai e foi até a varanda, fechando a porta atrás de si, evitando possíveis incômodos.