Primeiro os porquês. Depois as vozes em tons altos, reverberando nas paredes, incomodando os vizinhos. Então as malas, o “fica bem”, o “é só por um tempo”. Ela chora. Ele tenta fazer caminhos alternativos para não cruzar com as lembranças dela expostas numa frase pichada no muro da terceira rua à esquerda. Ela sai de casa para resolver banalidades, veste a tristeza e descobre que lhe cai bem. Seduz estranhos com os olhos inchados de noites mal-dormidas. Pede que lhe completem os vazios. Não só os do corpo. Não entendem. Ele arrisca nos amores passados. A antiga amiga do ginásio agora não parece tão desesperada por companhia. A moça se esquiva e ele já não tem a menor paciência para jogos. Vivem um dia após o outro esperando que...
Acordam. Dão-se
conta de que foi só um sonho ruim.
Olhando o
outro na cama, descobrem que ainda se querem bem. Querem, sim. Só não o
suficiente.
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