Faço as malas de um amor que nunca foi meu. Empacoto os olhares
trocados, as carícias eternamente adiadas, os beijos nunca provados. Recolho os
resquícios de uma paixão frágil, imatura, e que agora transborda do peito em
forma de gota d'água amarga, e rola, vez ou outra, por minha pálida face.